Maio 19, 2024
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Depois do final tenso do livro anterior, Lisbeth Salander está no hospital em estado crítico. Além disso, ela está presa pela tentativa de assassinar seu pai, o russo Zalachenko, duas vezes.

Fora dali, seus amigos tentam fazer o que podem para construir uma defesa para ela no julgamento que se aproxima – onde ela vai ser acusada de bem mais coisas do que seu relacionamento agradável com o pai.

O livro se divide entre os esforços do jornalista Blomkvist para ajudar sua amiga e tudo o que isso desencadeia, a nova vida de Erika Berger como editora de um grande jornal, e a solitária Lisbeth tentando decidir como se defender do que é para ser o último ataque dos seus inimigos.

Os novos personagens se dividem entre policiais e políticos que finalmente começam a perceber que há algo errado no caso Salander e pessoas que se aproxima de Berger em sua nova carreira.

Eu gostei do livro, de verdade. Mas achei meio clichê demais. A cena do julgamento de Lisbeth poderia bem estar num filme hollywoodiano. Tudo bem que isso não é uma coisa que realmente me incomoda. Se for pra falar do que me incomoda, SPOILER, vou falar do completo absurdo que é tudo o que acontece com Lisbeth por causa de um desertor russo que não teve importância nenhuma para o governo sueco. Que exagero.

Outra coisa que não colou, mas aí é por causa do meu background de brasileira, é um cara poder ser arruinado por ter seu nome ligado a uma empresa que talvez use trabalho escravo na Tailândia. Gente, isso é muito surreal.

Daí, no livro anterior, tava todo mundo contra a Lisbeth, que ela era lésbica, satanista, ninfomaníaca, psicopata e tudo mais. Daí nesse todo mundo resolve corrigir seus erros e reconhecer que estava errado? Hollywood demais.

E não nos esqueçamos da Lisbeth-eu-odeio-o-mundo e o Mikael-eu-como-todo-mundo e o relacionamento bizarro deles.

Eu achei que o autor se esforçou tanto para fazer personagens complexos que terminou com gente ou que não faz o menor sentido (a Lisbeth propondo coisas para a sua advogada. Oi?) ou que vai perigosamente para o terreno do personagem de cinema, que faz exatamente o esperado e nada mais.

Mesmo assim, é um livro de que gostei muito. O enredo é bastante movimentado, a ação é na medida certa e por mais que os personagens ao final estejam fazendo o que você espera, eles são bastante “gostáveis” e o sentimento que sobrou em mim foi de contentamento.

Com exceção do primeiro livro da série, então, que é meio lerdo, posso falar com tranquilidade que a trilogia Millenium é bastante boa.

LUFTSLOTTETT SOM SPRÄNGDES (2007)

2 thoughts on “A Rainha do Castelo de Ar | Stieg Larsson

  1. Que saudade, Rê!Então, eu gostei muito da trilogia millenium, mas concordo com isso de ser tudo bem previsível e o povo parece perdoar ela muito rápido mesmo, isso não ia acontecer! hahahE outra coisa que me deixou curioso, no começo do segundo livro, lembra que a Salander mata um cara na praia? Eu sempre achei que aquilo fosse voltar em alguma parte da história… de repente ia ser o gancho pra algum dos outros livros que seriam escritos…Um beijão!

  2. Ela matou no segundo livro, mas tinha todo o lance do tornado lá né.Daí ficou bom, e no fundo a trilogia estava centrada na problemática mulheres abusadas…Dando um pitaco no papo rsrsabç esuas resenhas são ótimas 😉

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