Laura, com cerca de seis anos de idade, sua irmã mais velha Mary e sua irmãzinha Carrie, junto com seus pais, saem da casa de troncos na grande floresta do Winsconsin para tentar nova vida no território dos índios.
A história continua onde o primeiro livro da série, Uma Casa na Floresta, havia parado, com a viagem na carroça coberta típica dos pioneiros passando por vários estados norte-americanos, até pararem na enorme campina verdejante e começarem a construir tudo do zero: uma casa, um estábulo, um campo arado…
Para uma criança de cidade moderna como eu, as histórias da Laura foram encantadoras. Os valores que a família dela tinha fizeram parte da minha infância, e a forma como eles faziam as coisas é fascinante.
Pa e Ma construíram uma casa de troncos, fizeram o telhado, construíram o poço e o estábulo. Isso com três filhas pequenas e sem nem uma pessoa branca num raio de quarenta milhas.
Os índios, vistos sob o olhar impressionável de Laura, estavam sendo constantemente empurrados mais para o oeste pelo governo, que queria colonizar todas as terras do continente.
A polêmica envolvendo a questão é discretamente mostrada nas conversas dos adultos que a pequena Laura entreouve, até o clímax do livro, onde os índios se reúnem para um conselho de guerra e a família fica à mercê deles com apenas a carabina de Pa e o buldogue Jack para protegê-los.
A ideia de que é possível construir uma casa ‘do nada’ e criar uma vida no meio da natureza é muito fascinante. As memórias da Laura criam vida durante a leitura, e fica a impressão mesmo de que ela passou por tudo aquilo da forma como ela conta. Mesmo que a história seja romanceada, tanto para crianças quanto para ‘limpar’ as partes ruins, o livro não deixa de ser lindo.
Little House on the Prairie (1935) de Laura Ingalls Wilder
Série Little House/ Laura Ingalls Livro 2