Ship of Destiny | Robin Hobb

Nesse último volume da trilogia The Liveship Traders, Robin Hobb, como boa escritora de séries que é, consegue dar um fim digno a todos os personagens da trama.

A família Vestrit está separada entre continentes nessa época de mudanças, guerras e magia.

Ronica, a matriarca, tenta de todo modo restaurar um pouco de dignidade à cidade de Bingtown, que está sofrendo na mão de diversos invasores. Keffria, a filha mais velha, engole o choro pela perda do marido e todos os filhos e sobe ao posto de diplomata entre as famílias dos mercadores sobreviventes à guerra. Althea, a filha mais nova, está no navio enlouquecido Paragon para tentar resgatar o navio da família, Vivacia, das garras do pirata Kennit. Wintrow, o neto mais velho, ainda é um meio prisioneiro-meio tripulante do navio Vivacia, e luta com seus sentimentos enquanto o navio é seguido pelas horrendas serpentes do mar. Malta, a neta do meio, irmã de Wintrow, está à deriva no perigoso rio de águas corrosivas junto com um inusitado companheiro: o jovem Sartrap, rei de todas as terras. Selden, o neto mais jovem, liberta o dragão Tintaglia, um ato que vai colocar em risco todo o mundo como ele conhece.

Outros personagens sofrerão muitas mudanças – e uma das mais afetadas é Vivacia, o navio vivo, que finalmente descobre suas origens e aprende a conviver consigo mesma.

O livro tem um final até que um pouco previsível – menos a parte do Paragon, fui surpreendida – mas que está a quilômetros de distância do que eu esperava do livro quando comecei a lê-lo.
Os personagens de Robin Hobb criam vida na frente do leitor, criando um livro impossível de ser largado – original, imprevisível, empolgante e cheio de histórias, cenas e idéias que ficarão na mente do leitor para sempre.
Fiel à qualidade dos outros livros da trilogia, esse último volume fecha a série com chave de ouro e me deixou morrendo de vontade de ler todos os outros livros da autora.

Ship of Destiny (2000)