Princesa Pop | Rachel Cohn

Wonder foi uma das garotas num famoso programa de TV. Isso teoricamente deveria fazer com que ela fosse uma adolescente perfeitamente feliz consigo mesma. Mas, aos 16 anos, Wonder é uma menina que odeia a cidadezinha onde mora, odeia o colégio e odeia sua vida. Sua irmã mais velha faleceu e a família nunca se recuperou disso, tendo sido obrigados a se mudar para sua casa na praia após ambos os pais perderem os empregos.

Lucky, irmã mais velha de Wonder, era uma futura princesa pop: o trio formado por ela e mais duas amigas havia acabado de assinar com uma gravadora na semana em que ela foi atropelada e morreu.

E então, de repente, o agente de Lucky aparece na cidadezinha de Wonder e oferece a ela um contrato com uma gravadora. A mais talentosa das amigas de Lucky ajuda Wonder a treinar passos de dança e habilidade vocal, e de repente Wonder está nas paradas pops do momento. É então que Kayla, a colega mais famosa de Lucky, vem mostrar a Wonder exatamente os altos e baixos de uma carreira de princesa pop.

Eu geralmente não me atraio por esse tipo de livro a não ser quando meu cérebro precisa descansar. Com esse não foi diferente, mas foi agradável perceber que a vida de adolescente que a autora descreve é bastante real: o sexo, as drogas e o “rock’n roll” estão perfeitamente presentes – nada dos tradicionais  valores que fazem com que Edward só queria fazer sexo com Bella depois do casamento.

Não que isso seja bom ou ruim – afinal, acho que um dos principais motivos pelo qual Crepúsculo fez tanto barulho foi justamente sua conservadora visão sobre sexo, uma visão que estava faltando na vida cheia de vulgaridade dos adolescentes hoje em dia. Mas achei que o livro mostrou o ato de crescer e entrar em contato com partes chatas da vida adulta (a primeira vez, o primeiro fora, o primeiro porre e a primeira lição de moral) de uma forma bastante real, por mais que estivesse se referindo a uma ‘princesa pop’.

Gostei de ler, e me surpreendi positivamente com o final.

Pop Princess (2004)