Eu sempre acabo demorando mais pra ler livros badalados, e não foi diferente com este, que fez bastante barulho na época do seu lançamento e tem inclusive um filme baseado nele em cartaz no Brasil.
Blomkvist, ou como quer que se escreva o nome dele, é um jornalista de meia idade que foi condenado por difamação e decide aceitar o trabalho proposto por um velho magnata da indústria sueca: descobrir o que aconteceu com a sua sobrinha-neta Harriet Vanger, desaparecida mais de trinta anos antes.
Ao mesmo tempo ficamos conhecendo Lisbeth Salander, uma hacker com sérios problemas sociais que acaba ajudando Blomkvist em sua empreitada de adentrar as crônicas da complexa família Vanger.
Então primeiro quero dizer que sim, eu gostei do livro. É bem difícil eu não gostar de um policial, e este ainda por cima é bem amarrado. Mas, como o nome do livro deixa claro, o assunto central e a forma como os crimes são cometidos são bastante perturbadores para qualquer mulher de ler. Mas o autor retrata as vítimas e os criminosos de forma original, ou assim me pareceu. De qualquer forma eu não curto muito a pegada de estupradores serial killers, é um assunto que me incomoda, e de certa forma é tudo tão irreal – no sentido de que nunca supomos que passaremos por algo parecido – que a reação das mulheres abusadas é no mínimo intrigante.
Os personagens são bem construídos, temos a noção de que realmente os conhecemos, e a trama é envolvente e bem amarrada. A narração se alterna entre o ponto de vista de vários personagens, mesmo nunca saindo da terceira pessoa, e isso dá uma riqueza ainda maior ao texto.
Apesar de não ser meu tipo de policial, é um livro que eu recomendo – mas com a ressalva de que pode ser um pouco forte para algumas menos acostumadas.
Em tempo. Fica a dúvida. Por que raios a tradução para o inglês escolheu o título esdrúxulo de The Girl With The Dragon Tattoo? Lisbeth certamente tem uma tatuagem de dragão, mas ela não é a personagem principal do livro e o nome não faz sentido se considerarmos a trama central: homens que fazem mal às mulheres.
Eu também achei engraçadas as passagens que falam da porcentagem de mulheres ameaçadas, abusadas e mortas por homens na Suécia, onde se passa o livro e as passagens que descrevem o tempo que Blomkvist passou na prisão: as porcentagens parecem saudavelmente baixas comparadas às nossas e só preciso mencionar que Blomkvist foi liberado mais cedo porque a prisão estava super lotada: eram 45 presos para 32 leitos. Tenso, hein.
cara, eu já lí a trilogia, e é simplesmente magnífico, o problema é que o primeiro livro é meio monótono até a metade, o segundo é quase monótono por inteiro (parece star wars II), mas o que os outros tem de quase monótono o terceiro tem de ação, ação de suar os pés! haha, boa leitura.
ah e sim, tu só vai entender os nomes depois de ler o terceiro livro, fikdik
Oie, adorei o seu blog, passa no meu se quiser http://nahtureza.blogspot.com/obrigada bjs
Mais um livro para a minha lista =DEstou há séculos querendo comprar esse livro >.<Adorei seu blog!Se puder visitar e seguir o meu: http://leiturasdokokoro.blogspot.com/Bjuss
sou um pouco como você .. não consigo nem ler os mais badalados, nem assistir aos filmes que estão fazendo muuiito sucesso e coisas do gênero … Ou seja, onde a ‘massa’ é chamada a comparecer, eu não estou … gosto de ir na contramão da história … delicio-me, meses ou anos depois com um filme pelo qual todos já se sublimaram, por exemplo …Muito boas dicas de teu blog .. que bom que compartilha com o mundo as tuas leituras …