Maio 19, 2024
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Alguém já leu O Pequeno Vampiro? É uma série de livros escrita por uma alemã, Angela Sommer Bronderburg. Ela fazia sucesso entre a molecada bem antes da Meyer inventar os vampiros dela.
Pois bem, esse livro me lembrou do Pequeno Vampiro, que depois eu comento aqui. Acontece que toda a graça do primeiro volume da série Vampire Kisses acabou nesse, pelo menos pra mim. A paródia dos livros românticos melecosos, a heroína não convencional e o herói misterioso são completamente estragados nessa história, em que Alexander, o amor da vida de Raven, some, deixando-a apaixonada e sem chão.

É claro que ela vai encontrar um outro vampiro adolescente, malvado, porém sedutor, que quer acabar com o Alexander e ficar com Raven só pra ele. E é claro que aparece uma vampirete gostosinha que é um antigo amor do Alexander, pra colocar fogo nas coisas.

Clichês à parte, esse livro me irritou profundamente primeiro pelo número de vezes que a personagem grita “Alexander?!” toda vez que vê uma sombra se movendo. Segundo porque, da gótica bem humorada e ‘contra o sistema’ do primeiro livro, ela virou uma menininha apaixonada chata pra cacete.

O terceiro ponto é uma controvérsia. Não descobri ainda (e nem sei se faço questão de descobrir) se os vampiros da Elle Schreiber são uma espécie à parte, com crescimento e maturidade diferentes dos humanos, ou se ela segue a ‘tradição’ da mitologia vampiresca, em que o povo ‘vira’ vampiro depois de um ritual sei lá como que inclui ter o seu sangue sugado por um vampiro. Nesse último caso, o esquema é o seguinte: um cara que virou vampiro há trezentos anos VIVEU trezentos anos, e continuar agindo como se tivesse 17 demonstra uma incapacidade mental incrível, falaê. E, sinceramente, tentar comer uma mina de 16 é pedofilia ao extremo. Irghti.

Se a mulher seguir o primeiro esquema, o de que na verdade o Alexander seria um ‘vampirinho’ que nasceu vampiro, – e é isso mais ou menos que o livro dá a entender – as coisas estão muito mal explicadas. Tipo, completamente subestimando os leitores mesmo.

Eu, que me apaixonei por vampiros lendo Anne Rice e já me embrenhei no mundo de Vampiro – A Máscara e similares – onde a regra é ter tudo MUITO bem explicado – acabei ficando de saco cheio de ficar tentando adivinhar qual era a desse livrinho.

Uma coisa é escrever histórias bobinhas visando um público adolescente. Outra, completamente diferente, é deixar pontos soltos (muito soltos!) na história dos personagens por que ‘o público nem vai sacar’.
Além disso, e só pra terminar. Porra, tava tão legal o primeiro livro! SEM romances melecosos, SEM vampiros de 17 anos, SEM amor maior que a vida entre pessoas que não têm discernimento nem pra comprar roupas. E aí, nesse segundo volume, fodeu tudo. Virou livro de crepusculete.
Perda de tempo.

Kissing Coffins (2005) de Ellen Schreiber. Série Vampire Kisses Livro 2

5 thoughts on “Kissing Coffins | Ellen Schreiber

  1. Olá!Criei um Espaço do Leitor lá no Loucura Literária e gostaria muito que você participasse! É fácil! É só dizer-nos em 5 linhas qual foi a maior loucura que você já cometeu por um livro!Esse é um modo criativo que encontrei para nos conhecermos melhor e darmos boas risadas. Afinal, não somos livrólotras por acaso, não é mesmo? (rs)Beijos e conto com você,Lily

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