Maio 19, 2024
Home » How to Date Your Dragon | Molly Harper

Jillian Ramsey é uma antropóloga que trabalha numa associação de controle das criaturas mágicas. Elas são reais porém pouco conhecidas pelos seres humanos, então sereias, lobisomens, fadas, e todo o resto, vivem em comunidades mais isoladas para não sofrer tanto preconceito e represálias.

Jillian é enviada para Mystic Bayou, uma cidadezinha nos pântanos dos Estados Unidos, para investigar antropologicamente a população mágica local. O plano dela é entrevistar pessoas e se familiarizar com os costumes locais.

As pessoas mais importantes que Jillian conhece primeiro são o prefeito, um grandalhão bem afetuoso que faz o possível para que ela se sinta em casa, e o xerife, um bonitão mal humorado que parece não querer a presença dela ali.

Daí que Jillian vai entrevistando a galera e a gente vai conhecendo um pouco mais da ambientação da história, como os seres mágicos interagem com os humanos e como os humanos reagem a isso. Jillian descobre que o prefeito é apenas um homem urso, que hiberna e tudo, de família de pessoas-urso, com uma mãe-urso super protetora que faz assados dos mais deliciosos e trata Jillian muito bem. O pessoal da cidade deixou ela morar na casa adorável de uma senhora que já havia falecido, na beira do charco, com a recomendação de que ela não se troque de janela aberta porque os homens-jacaré são meio sem noção e ficam olhando mesmo.

Jillian bate de frente com o xerife, que de início eu nem reparei que era o par romântico porque eu não me interesso por polícia e ele era tão ranzinza que parecia um velho, mas daí quando vi que ela vivia brigando com ele, trombando nos lugares e sendo tratada mal, já saquei qual que era a ideia, e fiz o possível pra aceitar esse romance.

E até que faz sentido, já que os dragões tradicionais da Europa são bem ranzinzas mesmo. Bael Boone, com o sotaque da região, o mistério de “qual animal será que ele se transforma” já entregue no título do livro, e o (agora sei) corpo bem torneado, é um par até que aceitável para a antropóloga nerd e independente. O romance vai acontecendo sem pressa e ao mesmo tempo sem maiores problemas, o que é um alívio, sem precisar daquela briga sem motivo pra ter reunião depois.

O problema que eles tem que enfrentar são uns assassinatos de pessoas místicas que depois são encontradas horrivelmente evisceradas. Mas o importante é que o amor deles não sofre com isso.

Não sou muito fã da ideia de um homem dragão se transformando durante o sexo, e transar em cima de uma pilha de ouro não parece muito confortável também mesmo com ele deixando tudo quentinho ali, se é que me entendem. Mas cada um com seu cada qual. O livro é bonitinho e inusitado, gostei. Não sei se gostei a ponto de ir atrás do próximo volume, que obviamente vai ser do homem urso com alguma doida, mas né, deu pra passar o tempo.

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