Maio 19, 2024
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Nesse livro temos dois tipos: o dracu nobilis, que não existe, pois é um ser mágico que ninguém sabe se existia mesmo ou se foi embora do mundo ou o quê, e o dracu vulgaris, que são os dragõezinhos do pântano que medem menos de um metro e meio e soltam fogo pela boca por causa dos seus problemas digestivos.

Pra quem não conhece Terry Pratchett, vou falar rápido que ele é muito engraçado e completamente louco (enquanto seu colega Neil Gaiman é completamente louco e muito aflitivo), e o mundo de Discworld, a criação mais famosa do autor, é um mundo de fantasia. Mas cada frase do livro é construída pra te fazer rir.

E nessa história, temos de um lado a Guarda Noturna da enorme cidade de Ankh-Morpork, com exatamente três membros (o capitão bêbado, o sargento gordo e o cabo que não se sabe quando tomou o último banho), e de outro uma conspiração maligna para invocar um dragão composta por homens mesquinhos e confusos.

Enquanto isso, Carrot, um anão, descobre com muita surpresa que, apesar de ter um metro e noventa de altura, na verdade não é um anão, e sim uma criança humana resgatada de uma caravana em chamas.
Confuso e sem ter o que fazer da vida, ele aceita a sugestão de um vizinho prestativo e se voluntaria para fazer parte da Guarda Noturna da Capital do reino.

Carrot chega em Ankh-Morpork sem saber o que mentira, ironia e figuras de linguagem, já que os anões não usam nada disso, e tem decorado um livrinho antigo das leis e regulamentos da cidade que ele não hesita em ler para todos os infelizes que ele decide prender.

Os agora quatro membros da Guarda Noturna contam apenas com a ajuda de Lady Ramkin, criadora de dragões do pântano, e do bibliotecário da Universidade Invisível, que é um orangotango  quando um dragão de verdade, pesando toneladas, decide atacar a cidade.

Discworld, a série de livros que se passa num mundo em forma de disco em cima de quatro elefantes que dão voltas em um casco de uma tartaruga gigante, tem várias micro séries dentro dela, e uma delas é a série sobre a Guarda Noturna, da qual esse é o primeiro livro.
Então as coisas ficam um pouco mais simples porque o autor diminui um pouco seu ritmo frenético para apresentar os personagens para o leitor.
A história em si é um pouco mais do mesmo,  já que o próprio autor brinca com a ideia dos clichês – mas  a graça mesmo está nas frases e diálogos, que são geniais e eu pelo menos ri bastante.

Se você gosta do humor nonsense inglês, Discworld é uma pedida excelente. E esse livro é um dos melhores da série.


Guards! Guards! (1989)
De Terry Pratchett (Reino Unido)
Série Discworld – Night Watch Livro 1

1 thought on “Guardas! Guardas! | Terry Pratchett

  1. Esse é um dos meus livros favoritos do Pratchett porque é a apresentação do meu personagem favorito da série: o Vimes. Aliás, ele está na minha primeira leitura do ano para o DL, o último livro lançado pelo homem de chapéu. É engraçado, comparando agora, ver quanto o Vimes evoluiu de Guardas, Guardas para Snuff.Excelente escolha! E e se gostou desse, espere até chegar em Night Watch 😉

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