Maio 19, 2024
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Eu já falei que adoro a Meg Cabot, né? Pra mim, ela foi a inventora desse gênero de romance adolescente que está tão na moda hoje em dia. Mas como ela é muito foda, ela fez isso há mais de dez anos, e sozinha. Muitas das séries de livros dela se transformaram em best sellers mas infelizmente apenas uma, que eu saiba, virou filme – que foi o Diário da Princesa, divertidinho, lançador da carreira da Anne Hathaway mas com bastante diferenças em relação ao livro. Só que daí peguei mais um livro da Meg Cabot pra ler e no começo vou admitir que me enchi um pouco.

Mas isso é porque ela escreve bem! Tenho pouca paciência para adolescentes revoltadinhas, e a protagonista desse livro é um excelente exemplo da revolta-branca-burguesa-americana: Samantha tem 15 anos, mora em Washington, é de classe média alta, é a filha do meio e é uma chata. Sua irmã mais velha é a perfeita líder de torcida gatinha super popular. Sua irmã mais nova é uma geninha que frequenta colégio pra crianças superdotadas. E Sam fica no meio da história, se sentindo mal por não ser nem bonita nem inteligente, e por não ser a Gwen Stefani.
Quem nunca quis ter a vida de uma super star, quem nunca se apaixonou por um cara que te ignora, quem nunca se sentiu mais feia e mais burra que suas irmãs? Pois é. Mas me irrita, ué.

Só que aí a Sam é obrigada a fazer aulas de arte (e ela só reclama, porque quer fazer arte sem a influência maligna do “sistema”), conhece um cara gatinho, tem seu trabalho criticado na frente da classe toda e resolve cabular a aula seguinte depois da “humilhação”. E aí ela vê o presidente passando de carro, e aí um cara estranho do lado dela tira uma arma da mochila, e aí ela se joga em cima do cara sem pensar muito bem – e acaba que salva a vida do presidente sem querer. E ai ela descobre que o cara gatinho da aula de artes é na verdade o filho do presidente.

No começo, o livro me irritou pela extrema verossimilhança com que a autora cria a voz da narradora/protagonista – tal verossimilhança fez de Sam uma personagem tão real e tão chata que eu quase larguei o livro. Mas aí a nova “profissão” dela e seu relacionamento com David, o filho do presidente, fez com que o personagem fosse adquirindo um pouco de maturidade, e o livro começa a discutir a questão das primeiras impressões, os relacionamentos e até a política!
Isso é o tanto de foda que a Meg Cabot é.

O livro é interessante, divertido, muito rápido de ler, e não é nem de longe tão bobo quanto parece.
Recomendo!

All-American Girl (2003) De Meg Cabot (EUA) – Série Garota Americana Livro 1

3 thoughts on “A Garota Americana | Meg Cabot

  1. Sou muito fã de Meg Cabot também e depois de iniciada em O Diário da Princesa, esse foi o primeiro que li dela. Uma delicinha de livro! Concordo contigo sobre a história de ela ser precursora dos romances adolescentes como conhecemos. Sou até um pouco defensora por causa disso. Quer dizer, há 10 anos pelo menos, ela reinava sozinha nesse quesito!!!! Acho a Meg muito fera também porque ela consegue se destacar fazendo o básico de um jeito tão legal. Fora que o básico dela é aquele que é muito mais do que parece. Tem muita gente que tenta fazer parecido, mas… não é a mesma coisa.PS. Essa capinha nova é tão sem graça. Sou do tempo da capa marronzinha, com desenhos.PS2. Não leia a continuação. É uma bobagem. Você não precisa disso.

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