Miss Lemon é a secretária hiper-eficiente do detetive Hercule Poirot. E aí um dia ela não comete um, mas três erros de datilografia em uma carta!
Preocupadíssimo com essa questão imperdoável, Poirot confronta a secretária, que pede mil desculpas e fala que o problema é que a irmã dela, que é dona de uma pensão, está tendo tantos problemas que ela mesma ficou muito preocupada e acabou errando a carta.
Poirot acha inaceitável que sua secretária seja menos do que perfeita, então se dispõe a ajudar Mrs. Hubbard, irmã de Miss Lemon, a resolver os problemas da pensão.
A pensão na rua Hickory era um lugar tranquilo, com duas alas separadas onde os jovens estudantes podem alugar quartos, os homens de um lado e as mulheres do outro. No andar de baixo, as duas alas de quartos se unem para formar a sala, sala de jantar etc. Aí um dia começaram a acontecer coisas estranhas. Alguém roubou as lâmpadas de uma sala, outra pessoa derramou tinta nas anotações de um dos estudantes de medicina. Também retalharam a mochila de caminhada de um dos jovens. Roubaram também o anel de uma das moças, que depois foi aparecer na sopa durante um jantar. E mais uma porção de pequenos acontecimentos inexplicáveis que deixa Poirot bastante intrigado.
Aos poucos uma trama vai sendo descoberta, e Poirot se vê investigando mais do que só roubos e travessuras. Além disso a trama inclui tráfico de drogas internacional e até mesmo assassinato.
Como sempre, Agatha Christie entrega tudo com esse elenco único, situações ao mesmo tempo trágicas e divertidas, um detetive (aqui beneficiado pela ausência do Hastings chato) genial especialista em analisar a psicologia por trás dos crimes e uma série de eventos que parece inofensiva e na verdade leva aos crimes mais hediondos. Uma leitura, enfim, daquelas imperdíveis.
Hickory Dickory Dock (1955) de Agatha Christie
