Sherlock Holmes e Watson estão meio que sem fazer nada – na verdade eles estão brincando de deduzir o maior número de informações possível observando a bengala de um cliente que a esqueceu.
O cliente é Dr. Mortimer, um médico do interior da Ingalterra, que quando volta para buscar a bengala e fala a Holmes o que o aflige, vem com uma história das mais estranhas.
Sir Charles Baskerville, dono de uma enorme propriedade em Dartmoor, morreu à noite no seu jardim. O médico do local disse que ele morreu de causas naturais: ataque do coração.
O Dr. Mortimer, no entanto, tem motivos para acreditar que ele morreu foi é de medo.
Explicando-se, ele mostra a Holmes um documento antigo contando que o antepassado de Baskerville, um maníaco chamado Hugo, foi amaldiçoado e morto nos pântanos por um cachorro enorme e sobrenatural.
E o Dr. Mortimer jura que viu, ao lado do corpo de Sir Charles, que tinha uma expressão de puro terror no rosto, pegadas de um enorme mastim.
A preocupação do Dr. Mortimer é que o sobrinho de Sir Charles, Sir Henry Baskerville, está chegando do Canadá para assumir a propriedade, e o doutor quer que Holmes convença o rapaz a não ir para Dartmoor.
Holmes não está muito convencido do perigo que o rapaz está correndo, mas aí algumas coisas acontecem: Sir Henry recebe uma carta anônima avisando-o para não ir ao pântano; ele tem uma de suas botas novas roubada e depois devolvida; somem com uma das botas velhas; e ele sofre um atentado por tiro que não dá certo mas não conseguem apanhar o atirador.
Convencido agora de que alguém quer a morte de Sir Henry, Holmes no entanto não se mexe muito: diante da impaciência do Dr. Mortimer e do ceticismo de Sir Henry, Holmes vai no meio termo e manda Watson para Dartmoor para acompanhar Sir Henry.
Watson, que sempre foi suscetível a atmosferas, fica imediatamente impressionado com o pântano: melancólico de dia e sombrio e sinistro à noite. Além disso, há um assassino à solta e soldados por toda parte procurando por ele, o que não faz muito para melhorar os sentimentos dos presentes.
Outra coisa que deixa Watson bastante preocupado é o cão: os habitantes da aldeia dizem que há um enorme cão sobrenatural que habita o pântano, e que podem até mesmo ouvir seus uivos à noite. Watso não demora muito a ouvir os tais uivos, e são apropriadamente aterrorizantes.
Holmes, no entanto, não parece preocupado nos telegramas que troca com Watson, e só depois é descobrirmos o motivo: Holmes tem se escondido no pântano para poder espionar melhor.
O livro é diferente dos outros do Sherlock Holmes por ter uma história inteira e não uma história dividida em duas partes. Foi escrito após a “morte” do detetive, mas se passa antes dela.
Além do excelente mistério, o autor conseguiu construir um clima sombrio e sinistro de forma magistral, e esse continua sendo um dos livros mais assustadores que eu já li na minha infância.
Até hoje, quando pego pra ler, a atmosfera bem construída é o que mais me afeta – mesmo sabendo o que vai acontecer.
Um dos melhores livros policiais de todos os tempos, contendo um dos mais famosos detetives, e como se não bastasse muito bem escrito, esse livro é necessário na estante de qualquer um.
The Hound of the Baskervilles – 1901 de Sir Arthur Conan Doyle (Reino Unido)
Série Sherlock Holmes Livro 3
Acabei de descobrir seu blog quando estava atrás de mais livros pra ‘devorar’. E sim, esse também foi um dos livros mais assustadores que li na minha infância também. Me lembro de ter sonhado com o cão duas ou três vezes e ter repetido pra mim mesma que “era só uma história” 😀 Realmente gosto dele.