Poirot está fazendo uma tranquila travessia de avião entre Inglaterra e França quando o comissário de bordo descobre que uma das passageiras está morta. De início, pensam que ela morreu de algum ataque ou de uma picada de vespa – por alergia – porém o atento detetive belga logo descobre um dardo envenenado no chão.
Quando o avião é revistado, encontram uma exótica zarabatana indígena entre os assentos do avião, e logo apenas os passageiros da primeira classe são suspeitos de matar a senhora.
A vítima é Madame Giselle, uma astuta agiota parisiense que trabalha colhendo informações comprometedoras dos seus devedores e os ameaça de revelá-las caso ela não receba o dinheiro do empréstimo.
O inspetor Japp, da Scotland Yard, pede a ajuda de Poirot para descobrir quais dos passageiros poderia ter matado a senhora, pois nenhum parece ter tido motivo e muito menos oportunidade para fazê-lo.
Teria a manicure que foi à França com dinheiro ganho na loteria algum motivo para matar a senhora? Ou será que foi o dentista charmoso que está voltando de férias? Os dois famosos arqueólogos franceses parecem acima de suspeita, mas nunca se sabe, afinal, são os únicos franceses como a vítima.
O assustado escritor de romances policiais parece ser o favorito da polícia, mas a ex-atriz vulgar que é casada com um lorde e é cheia de dívidas e viciada em cocaína também poderia muito bem ter um bom motivo. A honorável habitante da alta classe inglesa é a rival no amor da tal ex-atriz; poderia o cíume ter levado alguma delas a este ato terrível?
O médico apaixonado por música parece ter sido honesto em seu depoimento, mas médicos são os que conseguem ter acesso a venenos mais facilmente… Ou será que poderia ter sido o peculiar gordinho belga com bigodes suspeitos que diz ter dormido a viagem inteira?
Um livro engraçado, ágil e com final inteligente, Morte nas Nuvens é Agatha Christie em sua melhor forma de rainha do entretenimento, numa leitura difícil de largar e fácil de gostar.
Death In the Clouds (publicado como Death In the Air nos EUA) (1935)
De Agatha Christie (Reino Unido)