Maio 19, 2024
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Livro policial um pouco mais dramático de Agatha Christie que segue o julgamento de Elinor, acusada de ter matado uma jovem pela qual seu ex-noivo havia se apaixonado. Hercule Poirot aparece pouco só para decidir se ela é mesmo a responsável pela morte.

Elinor e seu primo distante Roddy são noivos. Elinor é perdidamente apaixonada por ele, mas faz de tudo para parecer indiferente pois acha que ele não conseguiria manter um relacionamento com ela se soubesse o quanto ela era possessiva.
A tia de Elinor é a idosa Laura Welman, tia de Roddy por casamento, já que Roddy é filho da irmã do marido de Mrs. Welman.
Ambos sabem que o dinheiro de Mrs. Welman vai ficar para eles quando ela morrer, mas diante de uma carta anônima dizendo que a “velha” estava próxima demais de uma tal Mary Gerrard, sua acompanhante, eles decidem ir até a casa da tia no interior para verificar a situação das coisas.

Mrs. Welman é uma inválida que gosta muito da jovem Mary Gerrard, filha do jardineiro aposentado e rabugento da grande propriedade de Mrs. Welman. Mary é jovem, prestativa e inteligente, e foi mandada às melhores escolas por Mrs. Welman, que sempre quis ver a garota se dar bem na vida.

Na casa também vivem a enfermeira Hopkins, que é da aldeia, e a enfermeira O’Brien, contratada por Mrs. Welman. Durante o final de semana que Elinor e Roddy estão passando na casa de campo, duas coisas acontecem. Mrs. Welman sofre um derrame e Roddy se apaixona perdidamente por Mary Gerrard.

Quando Mrs. Welman morre alguns dias depois sem ter tido chance de fazer um novo testamento, Elinor termina o relacionamento com Roddy, tendo descobrido a paixão dele por Mary; deixa um legado bastante decente para Mary, já que Mrs. Welman havia deixado claro que tinha a intenção de fazê-lo em seu testamento mas não tivera tempo; e passa a cuidar de se desfazer dos grandes móveis da tia e da antiga casa. Tudo isso completamente devastada pelo fato de Roddy ter se apaixonado por outra.

Alguns meses depois, quando a casa é vendida, Elinor vai até a casa da tia para arrumar as coisas antes de vendê-la, e encontra com a enfermeira Hopkins e com Mary que estão na casinha do pai de Mary, recém falecido. Elinor oferece alguns sanduíches que ela havia feito, e todas comem na grande sala do casarão enquanto tomam chá.
Mary morre envenenada pelos sanduíches e Elinor é presa por assassinato.

Convencido da inocência dela – ou talvez apenas apaixonado pela garota e temendo que ela seja enforcada – o jovem médico da aldeia, Dr. Peter Lord, implora ao seu velho amigo Hercule Poirot que encontre uma forma de inocentar Elinor.

Esse livro é diferente de outros da autora por duas coisas: o ponto de vista da história é contado em três partes. A primeira é a de Elinor, com o prelúdio da tragédia até o momento da morte de Mary. O segundo é   o ponto de vista de Poirot fazendo sua tradicional investigação.
Mas o terceiro momento do livro é o mais inovador, pois  mostra o julgamento de Elinor através dos olhos dela. A solução para o caso vai aparecer durante a exposição de provas no julgamento, o que deu uma dinâmica totalmente diferente ao livro.

Um bom livro da rainha do crime para se distrair num dia chuvoso, Cipreste Triste só não chega a ser melhor pela depressão da personagem principal por causa do cara que ela gosta. Como o ponto de vista é em geral dela (e é genial como a autora consegue manter o leitor no escuro mesmo usando esse artifício) o livro fica um pouco triste. Mas nada que atrapalhe de verdade.

Título Original: Sad Cypress (1940)
De Agatha Christie

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