Maio 19, 2024
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Agatha Christie em sua melhor forma: um assassinato, quatro suspeitos e quatro detetives! Durante um jogo de cartas amistoso, o anfitrião é morto após ter feito insinuações sobre um (ou mais!) dos presentes. Cabe ao famoso detetive Hercule Poirot resolver o caso, com a ajuda do Inspetor Battle e da sempre prestativa escritora Ariadne Oliver. Um dos bons da autora, vale a pena conhecer.

Essa resenha contém spoilers.

E aí que o Sr. Shaitana é bem excêntrico. Um dia ele confidencia a Poirot que gosta de colecionar… assassinos. O que ele faz, na verdade, é descobrir segredos sobre as pessoas – alguns deles bastante espinhosos. Então ele resolve convidar vários ‘amigos’ para um jantar com carteado e no meio da noite ele morre, perfurado por uma bela faca decorativa que estava à mão durante a reunião. Em uma mesa, metade dos convidados jogavam: Coronel Race, Hercule Poirot, Inspetor Battle e Sra. Oliver. Na outra mesa, na sala ao lado – onde o anfitrião se sentou na poltrona próximo à lareira – jogavam os outros convidados: a jovem Anne Meredith, a viúva Sra. Lorrimer, o bonachão Dr. Roberts e o atlético Major Despard.

Quando o crime é descoberto, Poirot conta aos ‘colegas de mesa’ sobre a piada engraçada que o Sr. Shaitana havia tentado fazer: crente que quatro de seus convidados eram todos culpados de algum crime, convidara a todos para um jantarzinho na companhia de quatro renomados agentes da lei. E deu no que deu.

Os quatro ‘detetives’ então partem do princípio de que o Sr. Shaitana poderia estar certo a respeito de pelo menos um dos presentes, já que fora assassinado na mesma noite. Mas qual deles?

Vocês sabem que eu gosto muito de reler os meus livros, então a primeira coisa que eu preciso mencionar sobre esse volume é que ele é um dos bons para a releitura. Eu nunca lembro quem é o assassino, já que são quatro suspeitos e o leitor não consegue descobrir quem matou até o final.

A segunda coisa importante sobre o livro é a Sra. Oliver. Eu adoro essa personagem e todo livro em que ela aparece fica mais divertido. Ela é tipo um alter-ego da própria autora e nesse livro em especial ela faz vários discursos sobre a prática de escrever romances policiais que são bem divertidos – ou esclarecedores, como na parte em que ela fala que sempre escreve as mesmas tramas e só muda a localização e as características dos personagens.

Pra quem gosta de Agatha Christie e já passou pelos óbvios, esse livro é uma boa pedida e não desaponta os que gostam de um bom mistério. Recomendo.

Cards on the Table (1936) de Agatha Christie

 

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