Novembro 21, 2024
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Carlotta Carlyle é uma detetive particular que também trabalha como motorista de táxi. Um dia uma moça aparece pedindo ajuda: uma mulher foi encontrada assassinada, e a forma como a identificaram foi porque encontraram o green card dela na cena do crime. A moça, que fala espanhol mas muito pouco inglês, consegue fazer Carlotta entender que o green card é dela, não da moça assassinada, e ela quer o green card de volta.

Carlotta é ex-policial e usa seus contatos para tentar descobrir alguma coisa, mas também vai atrás da sua little sister. Existe um programa em que ela adota uma criança como irmã mais nova, para aumentar a representatividade de mulheres na cabeça das jovens. A little sister da Carlotta nasceu em Porto Rico, tem dez ou doze anos, fala espanhol fluente. Mas não quer saber do problema de Carlotta. Aliás, não quer saber de nada, nem de escola nem dos jogos de vôlei da Carlotta que ela acompanhava.

Enquanto Carlotta se preocupa com sua little sister, e não consegue nada na polícia, a moça que veio pedir ajuda dela aparece assassinada também. Então agora é um possível assassino serial que eles têm que lidar agora, e Carlotta pode fazer muito pouco porque é impedida em todas as frentes, tanto pela polícia tanto pela imigração – que apareceu no caso assim que mencionaram a palavra green card.

Carlotta é uma mulher durona que não tem medo de nada. Ela joga vôlei, tem um ex que largou dela pra ir pra Europa, se importa com sua little sister e dirige táxi quando está estressada. Falando assim parece uma personagem complexa, mas na verdade fiquei sabendo muito pouco dela durante a narrativa além do que eu mencionei.

Mulher detetive

Na época da publicação, o livro teve essa questão diferentona de ter uma detetive protagonista mulher. E a narrativa meio noir também faz diferença, numa cidade suja onde só tem gente desesperada, pobre e querendo sair dali. Mas já estando familiarizada com o gênero, a novidade não me pegou.

O problema principal do livro é que ele é lerdo e bem previsível, com uma pegada inverossímil no final. Quando vi um serial killer, já fiquei imaginando que a coisa só teria graça se no final ela descobre que é alguém que ela conhece. Daí pra frente foi só sono e leitura dinâmica pra acabar logo.

Foi uma pena porque eu queria ter gostado, mas não foi.

Coyote (1990)

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