Dezembro 3, 2024
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Como já devem ter percebido, não tenho muita paciência com livros do gênero ‘romance de banca’, e peguei esse aleatoriamente quando fui comprar. Não sabia que era um romance de época, mas me animei lendo quando vi que se passava na Inglaterra do rei João (irmão do Ricardo Coração de Leão, lembram?).

Infelizmente, apesar de ambientação me agradar, os personagens me irritaram um pouco. Armand de Boisbaston, um cavaleiro mega master blaster honrado e leal ao seu rei, é acusado de traição pelo rei João por ter se rendido durante uma batalha na Normandia (ele só se rendeu por que se não os franceses iam ter acabado com todo mundo, gente, ele é um cara legal, não um covarde).

Lady Adelaide é a filha mais velha de um casal de nobres que é mandada pra corte pra arranjar um marido, só que ela fez um juramento com as irmãs de que nunca vai se casar! porque o pai dela era um tirano que maltratava todo mundo e a mãe era uma fracote submissa e ela não quer pertencer a homem algum, quer ser independente e se as mulheres da idade média não pensavam assim, azar, porque Adelaide é uma mulher moderna.

Enquanto os dois se conhecem e se odeiam, mas sentem uma atração incrível um pelo outro, eles descobrem uma trama para assassinar o rei João. Mesmo Adelaide sabendo que assim que puder o rei vai tentar usá-la como amante, e mesmo Armand sabendo que assim que puder o rei vai acusá-lo de traição, ambos são muito honrados e leais à coroa, e decidem ajudar o rei a identificar os culpados pela conspiração.

Só que nenhum dos dois viu o rosto dos vilões, que estavam confirmando as mortes de todos os conselheiros do rei em voz alta no meio do jardim do castelo (achei descuidados).

Para continuar com as investigações, Armand convence Adelaide de que eles tem que fingir estar noivos, pra ninguém desconfiar de porque estão sempre juntos. Aí rola todo tipo de atração, como supermastermega honrado Armand propondo casamento a cada cinco minutos e Adelaide hesitando, “mas e o juramento??!!”, e chega até um ponto que ela se apaixona de verdade por ele e considera ser sua amante, mas nunca casada! porque as mulheres que se casam passam a pertencer aos maridos e ela não pertence a ninguém bla bla bla.

O suspense até que segura você durante o livro (qual personagem mal construído e rasinho dos fundos da trama será o grande vilão?), mas o rei é tão tirânico, desagradável e nojento que não sei se admiro tanto assim todos os esforços deles. A justificativa é que a guerra faz os pobres camponeses sofrerem, então é melhor ter um mau rei do que uma guerra. Na idade média isso era provavelmente verdade, já que os camponeses raramente eram afetados pelos reis. Mas a justificativa se repete tanto que cansa.

De qualquer forma, é um livro bonitinho, se você gosta do gênero….

My Lord’s Desire (2010)

8 thoughts on “Desejo Soberano | Margaret Moore

  1. Olá!Vou ler esse. Adoro romances históricos. O meu livro de janeiro para o desafio, foi o melhor que já li no gênero.Espero que todas as minhas escolhas sejam tão boas.Pelo menos vc gostou do livro, achou bonitinho. rsrsrsBjs

  2. rsrssr…Não sou ligada mais nesse tipo de leitura e peguei o meu aleatoriamente tbm, colega. Nem esquentei a cabeça e até que me diverti ‘brigando’ com as personagens.Gostei da sua resenha, bem divertida!!Bjs

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