Mais de cinquenta anos depois, para sua alegria, o charmoso Bertram continua o mesmo: o luxuoso chá das cinco, as poltronas ultra confortáveis no salão de entrada, os quartos que parecem antigos mas têm todos os confortos da vida moderna… Tudo isso a impressiona positivamente.
Mas algo parece fora do lugar. E quando Bess Sedgwick, a famosa aventureira, adentra o salão de entrada, exuberante como sempre, Miss Marple não pode deixar de pensar que o Bertram seria o último lugar na terra onde ela esperaria ver alguém como Mrs. Sedgwick.
E então outras coisas começam a acontecer: um idoso cônego desaparece misteriosamente, audaciosos roubos são cometidos por toda a Inglaterra e, numa noite de nevoeiro, o porteiro do Bertram é baleado.
A polícia é chamada, e Miss Marple não hesita em oferecer sua preciosa ajuda.
Eu sempre gostei muito desse livro especialmente por poder imaginar tão vividamente o Hotel Bertram. A própria autora parece um pouco triste de que esse tipo de hotel não exista mais – ela não tem ilusões, assim como Miss Marple, de que um estabelecimento desses conseguisse sobreviver nos dias de hoje. Mas ela sonha, e eu até acredito que ela tenha usufruído de um hotel desses quando menina, no início do século passado.
Mas a trama policial, em si, é bastante espalhada por toda Londres, e passa pelo ponto de vista de tantos personagens que no fim não fica sendo uma das melhores dela. O que não significa que não seja um bom livro. O final, quando finalmente acontece, é pouco convencional em se tratando da Agatha Christie, e no fim das contas é o próprio hotel o personagem mais agradável da trama.
At Bertram’s Hotel (1965)
É um bom livro, apesar de não ter gostado do desfecho… esperava que o “pai” – Davy, fizesse mais a respeito dos crimes que rodeava Londres, e que não ficasse uma coisa tão aberta a respeito de Elvira… mas o começo do livro foi D+, com tds aquelas descrições de locais do hotel e personagens, que é claro q eram perfeitos d+, só podiam ser atores…Enfim, um livro bom de Agatha Christie!!!