Esse foi um dos primeiros e mais famosos livros da Dama do Crime, Agatha Christie.
Nele, o detetive Hercule Poirot está voltando para a Europa após ter resolvido um caso importante em Istambul e consegue um leito, através das autoridades locais que lhe devem favores, no famoso Expresso do Oriente, um trem que vai de Istambul a Paris.
Para surpresa de Poirot e de M. Bouc, que trabalha na companhia de trens, o carro em que Poirot é encaixado está lotado, e a única forma de conseguirem um lugar é colocando-o em um quarto com outro passageiro.
Em uma das primeiras refeições, Mr. Rachett, um homem de aparência desagradável, pede a Poirot que o proteja de um atentado em troca de muito dinheiro. Tendo antipatizado imediatamente com ele, Poirot recusa.
Após algumas paradas, o trem é impedido de continuar por causa de uma tempestade de neve, e eles só poderão prosseguir viagem quando os trilhos tiverem sido liberados.
E, na noite da tempestade, Mr. Rachett é morto a facadas.
M. Bouc, desesperado, pede que Poirot descubra quem é o assassino, já que os únicos suspeitos são os passageiros daquele carro: os atendentes do trem dizem ter certeza de que ninguém entrou no vagão entre a meia noite e as duas da manhã, quando ocorreu a morte.
O médico do trem dá um testemunho deveras surpreendente sobre as características das facadas, e Poirot acaba tendo que resover um caso que é bem mais complexo do que parece.
Não é que eu não tenha gostado do livro.
Eu até gostei. Certamente não é meu favorito dela, mas mesmo assim é um bom suspense e a reviravolta final mais do que compensa qualquer furo na trama. Os personagens são bem desenvolvidos, e mesmo que não possamos ver onde eles se encaixam na solução final, pelo menos conseguimos diferenciar um do outro, o que é bem mais do que muitos escritores de policial conseguem.
Mas agora vamos ao problema.
Spoilers abaixo, passe o mouse por cima se quiser ler.
A Agatha Christie depois ficou melhor e não deixava passar essas forçadas de barra.
Mas isso não chega a estragar o livro, tá, eu é que sou chata mesmo.
Murder on the Orient Express (1933) de Agatha Christie.