Novembro 21, 2024
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A guerra civil continua assolando a Inglaterra do século XII. A imperatriz Maude e o Rei Stephen se digladiam pelo trono, e no meio de tudo, os nobres poderosos espalhados pela terra tentam tomar proveito da situação.

Um deles é Cadwaladr ap Gruffydd, lorde galês que, prevendo os espólios do ataque, se une ao exército da imperatriz e entra na briga, na famosa batalha de Lincoln.

Nessa batalha fatídica, Gilbert Prestcote, o xerife de Shropshire, é capturado pelos galeses.

Na mesma semana, os galeses atacam um convento em Godric’s Ford. As freiras, no entanto, já prevendo o ataque, pedem ajuda aos homens que vivem nas florestas, colocam armadilhas em volta dos muros, enchem o rio de espetos e conseguem segurar o ataque.

Um dos atacantes que achavam ter se afogado no rio mas que depois se mostrou bem vivo, é um descendente de Cadwaladr, um jovem nobre galês que pode bem ser trocado pelo xerife de Shropshire.

Sabendo disso, o xerife substituto, Hugh Beringar, manda seu amigo, o monge Cadfael, até o País de Gales, para tentar convencer o rei galês a fazer a troca.

No entanto, Cadfael, um velho monge que já viveu muito nesse mundo, está interessado é no drama de quatro jovens pessoas: pois Elis, o jovem nobre galês, é atingido por um raio quando vê Melicent pela primeira vez  e pouco se importa que ela seja a filha do xerife Prestcote – ele se apaixona perdidamente por ela.

Em Gales, Cadfael conhece a prometida de Elis, a bela Cristina, que parece bem mal humorada que Elis tenha sido capturado e que Eliud, irmão de criação de Elis, se ofereça para ser a garantia da troca entre reféns.

Felizmente, então, Cadfael consegue conversar com o rei de Gales, a troca é combinada, e Eliud é levado, junto com Prestcote, até a cidade de Shrewsbury, onde Melicent e Elis se desesperam: ela sabe que o pai nunca consentirá que ela se case com um galês, e ele sabe que no momento em que o pai dela chegar ele terá de partir para Gales pra sempre.

O xerife chega, ferido da batalha e fraco, e é levado à enfermaria da Abadia, enquanto os emissários do rei de Gales e o xerife substituto almoçam com o Abade Radulfus.
E quando Cadfael entra novamente na enfermaria, o xerife está morto.

Não devido a um ferimento. Não devido à exaustão. Mas sim devido a um pano colocado no seu rosto, sufocando-o.

Agora é a vez de Hugh Beringar entrar em ação, pois um incidente internacional pode acontecer: a não ser pelos emissários oficiais do rei de Gales, que almoçavam com o abade, todos os outros são suspeitos, dos escudeiros galeses aos próprios monges; passando por Eliud e especialmente Elis, que é acusado por Melicent na frente de todos de ter matado o pai dela para poder se casar com ela.
Hugh não chega a levar a moça muito a sério, mas vai precisar de todos os poderes de observação, dedução e galês de seu amigo Cadfael para resolver esse caso.

Esse é um dos livros mais divertidos da autora, por ter um Cadfael interessado nas vidas dos jovens amantes, por ter a guerra civil tão próxima à trama, por ter Owain Gwynedd, o rei de Gales, que eu adoro, e, finalmente, por ter a irmã Madgdalen, ex-cortesã, fazendo uma ponta que rouba a cena.

Um romance policial medieval muito competente, o livro só peca pelo final, que achei meio bobo, mas que não chega a estragar todo o livro. Eu não sou galesa como Cadfael e não sou assim tão forgiving com os criminosos como ele foi.

Dead Man’s Ransom – de Ellis Peters – Crônicas do Irmão Cadfael Livro 9

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