Sétimo e MELHOR volume da série da Irmandade da Adaga Negra, aquela dos vampiros que não sugam sangue humano mas transam muito. Romance erótico sobrenatural com personagens que são uma pilha de clichês, esse livro no entanto contém a dose perfeita do homem devidamente traumatizado e da moça apropriadamente bondosa que vai conseguir conquistar o coração do jovem. Rehvenge, o vampiro traficante de drogas bonitão cheio de problemas, se apaixona por Ehlena, uma vampira enfermeira de coração de ouro. Ou seja, os mundos deles não poderiam estar mais distantes. Será que eles vão conseguir ficar juntos?!
Rehvenge é um cara complicado. Após a morte do pai, ele se sente responsável pela vida da mãe e da irmã mais nova, e o histórico da família não é dos melhores – tanto que ele está sendo chantageado e o preço que ele paga pelo silêncio da sua inimiga o deixa ainda mais certo de que ele não merece ter qualquer coisa que preste nessa vida. É por isso que nunca fez nada para conquistar Ehlena, a enfermeira por quem ele está platonicamente apaixonado há meses. Com todos os problemas que ele tem, seria muito egoísta da parte dele trazer a moça decente para o buraco negro de corrupção, drogas, chantagem, violência e prostituição que é a vida que ele leva.
Ehlena é uma enfermeira que divide a vida entre o hospital e o pai doente. Depois que a família perdeu tudo por causa da ação de inimigos políticos, os dois vivem numa casinha e Ehlena mal ganha o suficiente para pagar a acompanhante que fica com seu pai enquanto ela trabalha. Cuidar de Rehvenge faz parte da sua função, mas se sentir atraída por ele vai contra todos os seus princípios. Além de ser um paciente, está praticamente escrito “criminoso” na testa do bonitão.
Tudo isso fica ainda mais interessante quando inserido na ambientação maravilhosamente brega da Irmandade da Adaga Negra, onde vampiros são uma raça diferente dos humanos que luta para sobreviver aos ataques de uma sociedade maligna cuja única missão é exterminar os vampiros da face da terra. Ehlena é uma vampira de uma longa linhagem aristocrática que caiu em desgraça por manobras políticas; Rehvenge é um caso bem diferente. Sua mãe mãe era uma das escolhidas da deusa dos vampiros, que deixou o paraíso sagrado por ter se apaixonado por um dos nobres guerreiros da raça. Mas entre ela deixar o lugar seguro e ela ter seu primeiro filho, várias coisas terríveis aconteceram.
E hoje Rehvenge é chefão do crime organizado na área, liderando o tráfico de drogas e a prostituição numa vida dupla para conseguir dinheiro e proteger o segredo dele e de sua mãe. Apesar de todos os seus esforços, sua irmã mais nova é raptada pelos matadores de vampiros e resgatada apenas com a ajuda dos guerreiros da Irmandade da Adaga Negra, vampiros de elite que foram criados pela deusa para protegerem a raça. Hoje, Bella é casada com um dos Irmãos e Rehvenge é praticamente da família dos guerreiros. E aí o líder dos vampiros aristocratas propõe que Rehvenge assassine Wrath, o rei dos vampiros e líder da irmandade, para mudar a situação política da sociedade e trocar o poder de mãos. Rehvenge percebe que tal proposta só poderia ter sido feita com uma excelente carta na mão, e se dá conta que seu segredo não estava tão seguro como pensava. Nesse redemoinho de problemas, Ehlena é como uma luz na escuridão perpétua (ou o que quer que seja a cor que ele vê enquanto está dopado), e ele não consegue ter o auto controle suficiente para mantê-la longe de si.
Como sempre, as cenas de sexo são extremamente satisfatórias, e depois de ter segurado o livro anterior sozinho sem nem precisar ser o protagonista, Rehvenge tem o volume que merece e tudo o que Vishious deveria ter tido mas não teve. Com uma trama empolgante, coadjuvantes de peso, um romance tórrido e um dos meus personagens favoritos do grupo, esse com certeza é o melhor de todos da série!
Lover Avenged (2009) de J.R. Ward. Série Irmandade da Adaga Negra Livro 7
