Novembro 21, 2024
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Aí, ó. Não falei? Depois de terem colocado um título com interrogação, tiveram que seguir a mania estúpida com todos os outros da série. E eu já estou tão acostumada a estar certa que nem me surpreendi.

MAS vamos ao que interessa de fato: Alexia Tarabotti agora é Lady Maccon e com isso tem vários novos problemas na vida dela, apesar de ter conseguido se livrar da mãe, padrasto e meias-irmãs chatas.

Primeiro que os soldados-lobisomens voltaram para a Inglaterra após servirem nas Colônias e um destacamento bastante barulhento e mal educado decidiu morar no jardim da frente do castelo Woolsey, onde Alexia vive com seu marido Lorde Maccon e sua alcatéia de lobisomens. Segundo que agora Alexia é responsável por aplacar os ânimos dos representantes dos vampiros e dos lobisomens junto ao governo da Rainha Vitória. O lobisomem solitário e o vampiro sem grupo que fazem parte dessa tríade de aconselhadores sobrenaturais da rainha logicamente odeiam Alexia por ela ser uma sem-alma e portanto conseguir anular as habilidades sobrenaturais. Terceiro que uma “doença” acometeu Londres de repente e cancelou todas as habilidades dos sobrenaturais num raio de quilômetros, fazendo com que os imortais vampiros e lobisomens ficassem de repente incapazes de se transformar (daí o título Changeless) e extremamente vulneráveis. Por ser a única sem-alma no Reino Unido, Alexia passa de principal suspeita a principal interessada em resolver o assunto.

Afinal, na Itália dos Templários e em outras partes da Europa, os sobrenaturais não são aceitos com tanta naturalidade quanto na bela Inglaterra, e armas de destruição de sobrenaturais podem estar sendo criadas com ajuda de cientistas iguais ou piores do que os que Alexia enfrentou no último livro.

Aparentemente a onda de cancelamento sobrenatural está indo para a Escócia, e então Alexia decide ir até lá investigar. Claro que ela não pode ir sozinha, pois nem mesmo uma mulher casada pode viajar por aí sem companhia adequada; Alexia então pega um dirigível acompanhada de uma de suas insuportáveis irmãs, de sua melhor amiga desprovida de senso estético em relação a chapéus, e de um dos valetes do marido, além de sua criada particular francesa ex-aliada dos vampiros (que Alexia não sabe por quais das características se sente mais desconfiada) e de uma inventora que se veste como homem e parece estranhamente interessada na condição de Alexia.

O ritmo do livro é ágil, Alexia continua uma personagem interessante, os coadjuvantes são adoráveis e a trama em si é bastante responsável pelo sucesso do livro, já que a autora constrói mistérios de forma competente e divertida. O que me irritou foi: descrições incompreensíveis de geringonças steampunk – ok que li em inglês, mas um parágrafo é mais do que eu quero gastar entendendo como um bagulho funciona – e o relacionamento de Alexia e Lord Maccon. OU eles estão transando loucamente OU eles estão gritando um com o outro. Acho que a autora quis ser engraçada, mas foram tantos momentos da trama que podiam ter sido resolvidos com uma simples conversa – em vez do maridão só querer saber de sexo e Alexia “não conseguir se concentrar” com as perguntas IMPORTANTES que ela tinha – que no final ficou sendo um artifício bobo pra manter o mistério no ar.

O livro termina com um momento de tensão que me fez já ir direto pro próximo – que se chama TÃ-NÃAN – Inocência?

Gente, não consigo ler esses títulos e não lembrar de “Astronauta?”

Interrogação no título: apenas não.

Changeless (2010) de Gail Carriger  – Protetorado da Sombrinha Livro 2

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