Em casa tinha muito livro. Mas muito mesmo. Desde a coleção completa da Agatha Christie que minha mãe pegou da minha avó, passando pelos livros da minha mãe sobre mitologia, psicologia, artes e hermetismo, até chegar nos livros que eram da infância dela: Laura Ingalls, Pollyana, Crepúsculo da Magia, O Livro da Jângal. Claro que as edições maravilhosas dos contos de fadas dos irmãos Grimm ajudaram, e outros fofíssimos livros infantis foram essenciais no meu início na leitura, entre eles Histórias da Floresta Encantada (Meet the Woodland Folk, de Tony Wolf, pseudônimo de Antonio Lupatelli); histórias da Bruxa Onilda, de Enric Larreula e Roser Capdevila; os quadrinhos da Mafalda, Tintin, Calvin e Haroldo, Níquel Náusea, Garfield e Turma da Mônica.
Peter Pan foi o primeiro livro de verdade, aos sete anos de idade, mas logo eu estava mergulhada nos livros que minha mãe tinha gostado quando criança, e entrei nos livros da Laura Ingalls. Com doze anos minha mãe me deu O Mago de Terramar. Logo depois fui ler O Senhor dos Anéis, e aí a desgraça já estava feita, como podem imaginar. Aos quinze anos já era viciada em comprar livros, uma situação complicada que só fui resolver quando passei a acumular e-books em vez de livros físicos.
Comecei blog de resenha de livros em 2006, mas A Devoradora de Livros surgiu apenas em 2008, lá no blogspot. Na época aqui era tudo mato e a gente tinha amigas blogueiras, ia no blog das amigas comentar nas postagens e criava fofocas da internet. Conheci várias moças incríveis que me recomendaram livros maravilhosos. A pausa veio em 2016, que parece que foi ontem mas foi anos né. Engraçado como a gente fica um tempão sem fazer as coisas e nem percebe.
De qualquer forma estou de volta de verdade, pra falar dos livros tudo. Aqui você vai encontrar todos os livros que formaram minha pessoa, assim como uma maioria de fantasia, ficção científica, aventura, policiais e romances picantes. Precisando trocar ideia só mandar mensagem ali na caixa de contato, ou me acha nas outras redes por aí.
Pra terminar, a citação da maravilhosa Le Guin:
“A questão é sempre a mesma, com um dragão: ele vai falar-lhe ou comê-lo? Se você pode contar que ele vai fazer o primeiro e não o último, bom. Então você é um Senhor do Dragão.”