Bom. Eu gostei desse livro, tá. Os motivos do civil tentando descobrir o assassinato são melhores do que a média da autora, as descobertas que são feitas aos poucos vão deixando o leitor mais curioso e o ataque final do assassino é bem construído e cheio de tensão. O que eu não curti muito foi essa pegada de “sangue ruim” que eu vi também com a Josephine Tey em The Franchise Affair – se você é filho de um assassino, você vai ser assassino também etc – se bem que o médico diz que achava o moleque perturbado desde a infância e tals. Tudo bem que isso era uma visão da época e era aceita em geral, mas não deixa de incomodar quando é usada como justificativa para os atos dos personagens.
Depois fiquei sabendo que esse é um dos livros favoritos da própria autora. Eu acho isso legal, mas não chegou a alterar minha opinião sobre o livro – que, no fim das contas, é um policial competente mas nem de longe meu favorito dela. Recomendo pra quem curte um mistério mais caseiro e com bom enredo.
Ordeal By Innocence (1958) – De Agatha Christie (Reino Unido)