Dezembro 3, 2024
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Para uma mulher de família respeitável na Inglaterra do século XVIII havia poucas opções. Você podia continuar respeitável, casando com um cara aprovado pela família. Ou podia sucumbir à realidade de ser menos atraente ou de uma família menos abastada e virar uma governanta solteirona.

Ou você não era uma moça respeitável. Se você quisesse casar com alguém que sua família não gostava, ou fizesse sexo fora do casamento, ou fosse vítima de algum cafajeste perdendo a virgindade sem ser para o seu marido? Fim da sua vida social. Não fazia mais parte da família, não era mais respeitável, não era considerada confiável. Se sua família tivesse posses, você teria sorte de ser enviada para uma casa isolada no campo para o resto da vida.

Você podia ter sorte de arranjar um protetor, de quem você seria amante, e seria sustentada por ele até que ele se cansasse de você. Se você não tivesse essa sorte, só havia um lugar onde você poderia de alguma forma ganhar a vida: o puteiro. Estamos falando da Inglaterra então não era dito necessariamente dessa forma. As moças eram chamadas de mulheres caídas, cortesãs, ou era dito que elas iriam “come upon the town”. 

“come upon the town”: (archaic, idiomatic) To become a prostitute; turn to prostitution.
Mas não Sarah Tolerance. Ela, depois de ter fugido com o professor de esgrima do irmão mais novo, resolve que vai usar sua técnica com a espada para ganhar a vida, e torna-se uma agent of inquiry. Em termos práticos, uma detetive particular.
Ela logo se torna requisitada por poder se mover entre várias camadas da sociedade, e consegue dinheiro mensal suficiente para manter um pequeno chalé – mesmo que ele seja nos fundos de uma “casa de diversões” pertencente à sua tia.
Mas tudo muda quando ela é contratada para localizar um misterioso leque decorado com madrepérolas, que um eminente par do reino aparentemente presenteou a uma de suas cortesãs. O filho do homem, o super charmoso Earl (como é isso em português?) Edward Folle, ao se propor a ajudá-la, acaba colocando-os no centro de uma conspiração que afeta até mesmo a família real.
Um livro diferente e bem interessante, que é ao mesmo tempo inteligente e envolvente. Claro que ajuda o fato de que eu adoro essa época – mesmo os eventos usados de pano de fundo sendo um pouco diferentes dos que ocorreram historicamente. Além disso, os personagens e motivações são muito bem descritos e plausíveis. Vale bem a leitura e mal posso esperar para ler o próximo livro.
Point of Honour (2003) de Madeleine E. Robins. Série Sarah Tolerance Livro 1

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