Novembro 21, 2024
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Os Cem Mil reinos de N.K. Jemisin é um livro de fantasia onde uma jovem precisa da ajuda de deuses para ganhar a briga pelo trono.

Yeine é de uma tribo do norte, filha do líder e da herdeira do trono dos Cem Mil Reinos. A mãe dela largou tudo para ficar com o amor da sua vida, o pai de Yeine, e foi deserdada em consequência. Depois da morte misteriosa da mãe, Yeine recebe uma ordem de seu avô, líder dos Cem Mil Reinos, convidando-a para vir até a capital.

Chegando lá, Yeine recebe  informação de que ela, juntamente com dois primos, é possível herdeira do trono. Vai haver uma competição, e essa competição vai decidir quem vai herdar o trono. Yeine logo descobre que a prima é uma doida psicopata, e o primo um alcóolatra desiludido.

Mas a principal característica da família real é a seguinte. Eles controlam deuses escravizados. Centenas de anos antes, Intempas, o deus do sol e do dia, matou Enefa, a deusa da penumbra, e escravizou Nahadoth, o deus da escuridão e da noite. Outros deuses menores tomaram lados nessa guerra de Intempas contra Enefa. Os que estavam do lado perdedor foram obrigados por Intempas a viverem a eternidade presos nos corpos de mortais, obedecendo todos os desejos da família real.

Então, logo na primeira passagem de Yeine pelo palácio, sua prima manda Nahadoth atrás de Yeine, e só a ajuda de Sieh, outro dos deuses aprisionados, faz com que Yeine sobreviva essa primeira provação. Ela agora vai ter que aprender a navegar as politicagens do enorme palácio suspenso. E também descobre que os deuses aprisionados têm uma razão especial para se interessarem por ela.

Bom também.

Olha que alívio, mais uma protagonista que não é branca!! Amei. Além disso, gostei da personalidade de Yeine, em parte obstinada e imatura, em parte astuta e sensata. Achei interessante também a ambientação da tribo dela, um grupo matriarcal. O romance com Nahadoth só me deixou um pouco desconfortável, porque é um ser de duzentos milhões de bilhões de anos e uma menina de vinte. Mas entendo que ela estava com a Enefa, e que ele não se importa, no caso, com sentimentos de meros mortais.

Lembrei muito da menina que faz vídeo humorístico no Instagram falando das moças dos romances com seus respectivos. A moça do romance contemporâneo é dez anos mais nova que o boy, e está preocupada com a diferença de idade. Por outro lado, a moça do romance histórico comenta que vinte anos é o normal de diferença; a moça do romance sobrenatural adiciona que ela e seu vampiro perfeito tem 123 anos de diferença. A moça do romance fantasioso fala que ela e o senhor dos fae têm mil e cinquenta anos de diferença de idade, não tem problema.

Por mais que tenha sido um livro de mais de quatrocentas páginas, eu li até que rápido, já que me interessei pela história. Mas não é uma leitura muito simples. Toda hora tem quebras na narrativa, e diálogos internos, e conversas com o leitor; e toda hora tem ela saindo do corpo. Ela não desmaia exatamente, só tem umas sensações bizarras com os deuses lá. Não me atrapalhou, mas ficou uma mistura de problemas mundanos com problemas metafísicos, se é que dá pra me entender.

No entanto, é um livro que eu recomendaria. Só fiquei um pouco preocupada porque o livro termina bem, com o final organizado e fechando as pontas. Quero só ver o que vai acontecer nos futuros volumes porque sinceramente não quero ler coisa com outros protagonistas.

The Hundred Thousand Kingdoms (2010) | Série Inheritance Livro 1 (Trilogia do Legado)

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