Aza é filha adotiva de um próspero estalajadeiro. Ela é adorada pelos pais, se dá bem com os irmãos e tem a voz mais bonita de todas na opinião de qualquer pessoa que a tenha ouvido cantar.
Isso é importante porque o reino de Ayortha, onde ela vive, é um reino extremamente musical onde todos cantam, desde em festas familiares até em reuniões reais.
Só que Aza tem um problema. Ela é feia. E não é que ela se acha feia e todos os outros falam mas você é bonita. Ela é feia mesmo, a ponto do pai mantê-la longe dos fregueses da estalagem porque as pessoas tem a tendência desagradável de ficar encarando Aza e depois fazer comentários maldosos.
Aza tem a pele branca como a neve, cabelos pretos com o ébano e lábios vermelhos como o sangue. Como alguém poderia ser bonita sendo pálida daquele jeito, com os lábios parecendo uma ferida na cara e os cabelos tão pretos que ela se parece ainda mais com um fantasma?
Aza passa os dias na cozinha, longe dos fregueses, e praticando uma nova técnica de canto que criou – projetando sua voz para que ela pareça estar vindo de outra direção. Até que é obrigada a atender à duquesa, uma hóspede chave que pode destruir a reputação da estalagem. Felizmente a duquesa gosta de gatos e tolera a presença de Aza desde que esta esteja acompanhada do gato da estalagem. A duquesa começa a gostar de Aza, e um dia, quando a dama de companhia dela fica doente, ela convida Aza para acompanhá-la ao casamento do rei.
Apesar de estar morrendo de medo de ser maltratada por sua feiura, Aza não tem como recusar o convite da duquesa, mas nem imaginava que o que a esperava no palácio seria tão diferente. A nova rainha é jovem, bonita e cheia de personalidade… mas está com a garganta ruim e não canta durante o casamento!
Logo Aza percebe que a rainha cometeu o erro de se casar com o rei de Ayortha e não ter a menor capacidade para cantar. E a jovem e simpática rainha não hesita em chantagear Aza para que esta finja ser a voz da rainha em qualquer momento em que ela precise cantar.
As coisas vão ficando cada vez mais complicadas quando o rei sofre um acidente e fica de cama, e Aza sabe que a rainha não vai poder cantar para fazê-lo se sentir melhor. Enquanto isso, o filho do rei começa a ficar amigo de Aza. Mas ela não acredita que seja possível ele gostar de alguém tão feia…
Apesar de se passar no mesmo universo de Ella Enfeitiçada, o mais famoso livro da autora, Fairest apenas menciona que existe um reino vizinho a Ayortha (que é o de Ella), e além disso a irmã adotiva de Aza é a melhor amiga de Ella. Fora isso, as duas histórias não têm nada a ver fora o fato de que a história de Ella é baseada na história da Cinderella, e a de Aza é baseada na Branca de Neve, como podem ter percebido.
Eu gostei muito do livro. As reviravoltas na história foram muito fáceis de serem notadas, bem antes delas acontecerem, mas isso não estragou a experiência nem um pouco. O livro é divertido, interessante e bem bolado, e eu gosto como os príncipes da autora têm personalidade sem serem aquele cara sedutor e vampiresco tão em moda nos anos 2000. Enquanto isso, a protagonista é uma garota cheia de inseguranças e defeitos, mas que mesmo assim consegue ter a coragem de lutar pelo que é certo.
Fairest (2006) De Gail Carson Levine (EUA)
Gostei do seu blog! Encontrei-o por acaso, pesquisando sobre o livro da Mafalda, e achei legal porque também tenho um blog que segue um estilo parecido com o seu. O seu ritmo é muito mais intenso que o meu, mas a proposta é parecida. Depois dá uma olhada, se tiver interesse: pulaumalinhaparagrafo.wordpress.comParabéns pelo blog!