Novembro 21, 2024
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O rico e idoso Richard Abernethie morre de causas naturais. Ao enterro comparecem os familiares que pouco conheciam o falecido ou não o viam há tempos.

O único filho de Richard havia morrido, e portanto a casa e todos os (poucos) bens foram divididos entre os sobrinhos e os dois irmãos vivos: o inválido Timothy e a mentalmente lenta Cora, anos mais nova.
Depois do funeral e depois do competente advogado Sr. Entwhistle ter lido o testamento (o único desapontado foi Timothy, que achava que o dinheiro deveria ter sido entregue todo a ele), Cora, que sempre fora simplória mas parecia estar especialmente pouco atenta no dia, comenta, “oh, mas é claro que Richard foi assassinado, não é?”

Os sobrinhos tendem a levar na brincadeira, o antiquado Sr. Entwhistle fica horrorizado, e a esposa de Timothy abafa o caso discretamente para que os empregados não ouçam. Não, Richard não foi assassinado. Morreu de causas naturais. O médico passou um certificado muito confiável. Cora estava sendo, como sempre, ingenuamente inconveniente.

E uma semana depois encontram o corpo de Cora em sua casinha no interior, morto a machadadas violentas e com sangue por todos os lados.

Temeroso do que isso pode significar, o advogado Sr. Entwhistle procura um antigo colega seu, o famoso detetive Hercule Poirot, para investigar o caso. Será que Richard havia sido assassinado? Se sim, como e por quem? E como Cora pôde saber disso?

Se foi tudo coisa da cabeça de Cora, como explicar que uma senhora sem posses tivesse sido assassinada de forma violenta num vilarejo pacato, ainda mais sendo que não acharam nada roubado? A própria dama de companhia de Cora, a competente Srta Gilchrist, atesta que não havia nada de errado com sua patroa.

E no entanto a Srta Gilchrist escapa por pouco de ser envenenada por arsênico. Agora Poirot terá de exercitar suas famosas células cinzentas para descobrir quem está por trás disso tudo.

Eu gosto mais da Inglaterra antiga que a autora descreve, e por isso me interessei muito pouco pelos tais sobrinhos modernos e sem graças – a Agatha parece que achava todos os jovens sem graça após ela atingir uma certa idade – e muito mais pela identidade do falecido Richard e do inválido Timothy e sua esposa.
Mas claro que eu gosto muito desse livro por causa do final esperto que só a autora consegue fazer!

Pra quem gosta, é um dos bons dela.

After the Funeral (1953) de Agatha Christie (Reino Unido)

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